domingo, 31 de agosto de 2008

Sem muito para dizer

Não há muito para dizer este mês, o que tinha em mente para escrever eram apenas umas criticas às notícias que por todo o país temos vindo a ver em telejornais, jornais, revistas, etc.. As grandes parangonas sobre o aumento da criminalidade e dos crimes violentos e as respostas do governo. Sei que é um problema de polícia, sei que é um problema da justiça penal e processual mas sei que é, sobretudo, um problema deste modelo social e económico por onde nos têm levado.
Não se resolve com mais polícias nem super polícias e super esquadras. Resolve-se com policiamento de proximidade, com um sistema judicial eficaz e resolve-se com outras políticas. Com outro modelo de desenvolvimento. Com outra política de habitação. Com uma política social e economicamente mais justa. Mas não me apetece opinar acerca do que se vai passando em redor de todos. Que se …!!
Vou, em vez disso, transcrever um poema que escrevi alguns meses antes do inicio do verão. E … Lá se vai a temática de “outras culturas” na coluna do “MANTENHA”.

“Atracção ou paixão é muitas vezes a questão,
onde o amor se confunde com tesão.
Algo que surge fruto da ocasião,
ou na demora da sensação que me dá no coração.”



in, "MANTENHA", edição de Julho, 2008, Associação Caboverdiana de Setúbal

1 comentário:

Maria Margarida Silva disse...

Os problemas da criminalidade e da segurança dos cidadãos não são sanáveis, como o dizes e bem, exclusivamente com medidas de natureza policial.
São necessárias políticas de desenvolvimento integrado de justiça social e de melhoria da qualidade de vida, não só a nível económico como cultural. Passa também pela criação de estruturas de apoio às famílias e pela prevenção e tratamento da toxicodependência. É muito mais cómodo atribuir a responsabilidade da maior parte desses crimes, por exemplo, aos imigrantes do que trabalhar e investir na inserção dos mesmos, bem como nos direitos que lhes assistem. E isto abrange, naturalmente, as minorias étnicas.

“É melhor escolher os culpados do que procurá-los.”
Marcel Pagnol