segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Com algum atraso

"Agosto! Mês quente, mês de paixão, mês de loucuras, mês de excessos, mês de descanso para muitos (é o meu caso). Mesmo a escrita tem estado arredada dos meus afazeres e das minhas preocupações. Assim deixo-vos uma coisa leve, para digerir facilmente.
Escrita linear sem duas interpretações, escrita de fim de tarde numa praia das ínsulas atlânticas.
Leiam simplesmente e, sobretudo, divirtam-se sem deixar, porém, de dar objectivo à vida.

Um pequeno poema, uma ideia que vem e vai.
A minha já foi, será que volta?
Se voltar, vou agarrá-la,
gostei dela, não quero perdê-la.
Enquanto espero surge outra,
aproveito-a.
É um jogo de palavras, que não deito fora.
Vamos embora, levam-me para sítios que ninguém calcorreou lá, nos rincões mais recônditos do meu imaginário.
Está tudo a mudar, tudo calmo, começo a ouvir cada vez mais perto, o som do mar, vozes ocupam o seu lugar.
Estou a acordar, olho em redor e acordo bem, um final de tarde na praia, mais calma do que quando adormeci.
Apenas um reduzido grupo de amigos, que no imenso areal banhado pelas águas oceânicas, continuam ali... unidos pelo gosto de nada fazer em Agosto.
No mesmo sítio desde o principio afinal a viagem foi apenas um sonho pelas palavras.
Ainda há tempo para um mergulho... um até amanhã ao Atlântico."


Deixo-vos então até a uma próxima escrita com este que foi, o texto para o Mantenha de Agosto de 2008.
Nunca vem fora de contexto, então agora, com este frio sabe sempre bem deixarmo-nos levar num sonho quente de verão.

1 comentário:

Maria Margarida Silva disse...

O sonho não tem barreiras. Mesmo os desejos mais ilusórios, as fantasias mais absurdas são alcançáveis quando transpomos as brumas do nosso eu e nos permitimos sonhar com sítios, como tu dizes e muito bem, que ninguém calcorreou, nos rincões mais recônditos do nosso imaginário.
Nem todos os que sonharam conseguiram, mas para conseguir é preciso sonhar...


“Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso.”
Fernando Pessoa, in "Livro do Desassossego"